O
ainda senador paraibano Efraim Morais (DEM) parece contar com a ajuda
da justiça para, assim como já aconteceu em outros escândalos na
política nacional, deixar cair no esquecimento do povo brasileiro o
escândalo que o envolve por empregar funcionárias fantasmas em seu
gabinete. Por exercer mandato parlamentar, Efraim Morais ainda possui
direito a foro privilegiado durante as investigações. Por enquanto,
cabe ao Supremo decidir se dará continuidade às apurações realizadas
pela Polícia Legislativa do Senado.
Derrotado no último pleito quando tentava a reeleição, Efraim
perderá o foro privilegiado no início do próximo ano e o caso dos
fantasmas será encaminhado para a primeira instância da justiça
federal. Com isso, sabe-se lá Deus quando o julgamento enfim será
concluido.
O fato, é que não há qualquer movimentação significativa no
Supremo Tribunal Federal com relação ao inquérito encaminhado pelo
Senado Federal e, com isso, o processo não tem previsão de ser
analisado, beneficiando assim o senador paraibano. O despacho que pode
ser verificado no próprio site do Supremo Tribunal Federal, mostra o
"descaso" com a questão, quando no dia 08 de julho do corrente ano o
relator do caso, ministro Celso de Mello, afirma não haver situação de
emergência no processo. Desde o despacho, Efraim Morais juntou petição
aos autos, enviados ao gabinete do relator, que desde o dia 04 de
outubro não se debruça sob caso.
Efraim Morais, que é engenheiro de formação, diz que voltará à
iniciativa privada a partir de janeiro, depois de aproximadamente 28
anos ocupando cargos eletivos. Menos mal, preocupante mesmo seria se
passesse a ser espectro no gabinete de algum amigo.