A reportagem identificou 90 ambulâncias, das 160 que foram entregues no ano passado, sem operar
A denuncia mostrada ontem no programa
Fantástico da rede Globo sobre a existência de ambulâncias paradas e
escondidas em vários estados do Brasil, inclusive a Paraíba, ainda rende
desdobramentos no estado. As opiniões continuam divergentes entre o
atual governo e a gestão passada. O governador Ricardo Coutinho (PSB)
reafirmou que a culpa pelo problema é do governo passado que distribuiu
as ambulâncias por critério político.
Marcos Wéric
WSCOM Online
A denuncia mostrada ontem no programa
Fantástico da rede Globo sobre a existência de ambulâncias paradas e
escondidas em vários estados do Brasil, inclusive a Paraíba, ainda rende
desdobramentos no estado. As opiniões continuam divergentes entre o
atual governo e a gestão passada. O governador Ricardo Coutinho (PSB)
reafirmou que a culpa pelo problema é do governo passado que distribuiu
as ambulâncias por critério político.
Já o ex-secretário da
Controladoria Geral do Estado, Roosevelt Vita, disse que falta competência a atual gestão para colocar o serviço para funcionar plenamente.
A reportagem identificou 90 ambulâncias, das 160 que foram
entregues no ano passado, sem operar, principalmente nas cidades de
Juripiranga, Sapé e Guarabira. Em João Pessoa foi identificada uma
ambulância da Secretária Municipal de Saúde com três anos de emplacamento atrasado e em péssimas condições físicas e mecânicas. Após a abordagem da equipe global, o veiculo foi tirado de circulação.
Assim como o secretário de Saúde, Waldson Sousa, o governador Ricardo
Coutinho colocou a culpa no governo passado. Indagado sobre a
reportagem, ele foi enfático. “Pergunte ao ex-governador que fez a
distribuição e ninguém questionou nada”, disparou.
Já o ex-secretário Roosevelt Vita, também foi enfático disse
que falta é competência para o atual governo colocar as ambulâncias para
atender a população. Vita descartou ainda a hipótese da distribuição
ter sido feita atendendo critérios políticos. Ele garantiu que
participou da reunião do Conselho Estadual de Saúde que definiu com base
na portaria do Ministério da Saúde, como seriam entregues as unidades do SAMU.
“As ambulâncias não estão rodando por incompetência gerencial. Porque
os treze núcleos de Saúde do Estado têm condições plenas de receber e
não precisa ter hospital no local para que ele tenha uma ambulância”,
destacou.
Vita ainda levantou suspeita pelo fato do governo ter alugado 32
ambulâncias por R$ 139 mil por um período de seis meses, quando cada
veículo especial custa R$ 94 mil. “A gente sabe que o sistema é mal
gerido. Isso é uma verdade por isso estão se usando furadeira na cabeça
do povo, então se pode culpar o governo passado, que fez à sua parte ao
distribuir as ambulâncias de acordo com a portaria ministerial”,
explicou.
WSCOM Online