De acordo com o MPF, a prefeita de Salgadinho valeu-se de lei municipal criada às pressas para impedir a União de desapropriar a Fazenda Laginha (de propriedade da sogra dela, para fins de reforma agrária pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A prefeita reeleita do município de Salgadinho, Débora Cristiane Farias Morais, definitivamente não faz jus as piadas contra as sogras feitas por inúmeros humoristas. Na intenção de presentear a dela impedindo que a União desapropriasse uma fazenda para fins de reforma agrária, a gestora acabou sendo pega pelo Ministério Público Federal que ajuizou uma ação de improbidade contra Débora.
De acordo com o MPF, a prefeita de Salgadinho valeu-se de lei municipal criada às pressas para impedir a União de desapropriar a Fazenda Laginha (de propriedade da sogra da prefeita), para fins de reforma agrária pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A investigação feita pelo MPF mostrou que Débora Cristiane sancionou uma lei municipal de número 105/2009 aprovada pela Câmara Municipal em tempo recorde. Os vereadores locais levaram apenas três dias para receberem a lei e aprovar a mesma.
Para o MPF, ficou demonstrado que a gestora tinha interesses personalíssimos na aprovação imediata da lei, visto que o procedimento de desapropriação conduzido pelo Incra já se encontrava a todo vapor, em fase adiantada, inclusive com decreto presidencial, datado de 22 de outubro de 2008, declarando o referido imóvel como sendo de interesse social para fins de reforma agrária.
