quarta-feira, 5 de junho de 2013

Parlamentar faz ‘striptease político’ para ganhar sobrevida em 2014


Parlamentar faz ‘striptease político’ para ganhar sobrevida em 2014
Parlamentar deixa mandato em 2º plano e faz verdadeiro ‘striptease político’ para não ser esquecido de novo em 2014

Externar insatisfações, revelar expectativas e querer lavar a roupa suja publicamente têm sido as atividades prioritárias do mandato do deputado estadual Carlos Dunga (PTB). Para ser notado pela mídia e pelos principais caciques da política paraibana o parlamentar tem feito um verdadeiro ‘striptease político’. 

Striptease (do inglês: provocação ao se despir) é um ato, que geralmente envolve a dança, no qual uma pessoa se despe completamente para outras pessoas, na intenção de prender a atenção e despertar a libido dos expectadores. A "provocação" costuma ocorrer devida a demora da pessoa a se despir, enquanto o público está ansioso para ver um pouco mais de nudez.

A derrota nas eleições municipais de Boqueirão e Alcantil, suas duas maiores bases eleitorais, mostraram um fim da linha para Carlos Dunga e pode ter mexido com a estrutura emocional do parlamentar, que assumiu recentemente um mandato estadual ao ser beneficiado por uma polêmica redistribuição dos votos no legislativo estadual paraibano, após a contabilização dos sufrágios do candidato Bado Venâncio.

Agora, nessa semana, numa só tacada, Dunga, falando como se comandasse o PTB, afirmou que a legenda não terá candidato ao Senado em 2014, já que, segundo ele, é necessário que seja mantida a aliança com o PSDB de Cássio Cunha Lima e com o PSB do governador Ricardo Coutinho. Por este motivo, o seu partido teria que apoiar a manutenção de Cícero Lucena (PSDB) na vaga de senador, enquanto caberia ao PTB indicar o suplente. No caso, ele próprio, Dunga.

Como se não bastasse tirar a camisa e a calça nesse “striptease político”, o deputado ameaça também tirar as peças íntimas, ao dizer que a maior liderança do seu partido, o ex-senador Wilson Santiago, não tem o direito de pleitear uma vaga na majoritária.

“Santiago poderá ser candidato a outro cargo. Ao Senado, não”, afirmou o ousado Dunga.



Em um breve histórico político, é válido ressaltar que, Dunga sempre praticou a arte de servir a dois senhores. Em 2010, ele ‘fez a linha’ com Vitalzinho, Nilda Gondim, ambos do PMDB, e ainda, por outro lado, também apoiou Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho, mesmo estando na coligação de José Maranhão.

Assim, o petebista conseguiu mostrar e comprovar como se processa uma boa 'salada eleitoral'.

A postura oscilante de Dunga, no entanto, é alvo de conselhos de políticos, que têm alertado o deputado, nos bastidores, sobre o risco de desrespeitar a sua própria história, quando se ‘achega’ ao Palácio da Redenção todas a vezes que lhe convém, incorporando o 'estilo João Gonçalves de ser'. Governista independe do governador.

Durante o período em que esteve sem mandato, Dunga não poupou críticas a Ricardo Coutinho, principalmente em conversas com profissionais da imprensa, porém, logo que voltou a conquistar o mandato, a sua mais importante atitude foi querer se cacifar junto ao governador socialista.

SANTIAGO É INDIFERENTE

Vítima do bombardeio decorrente da metralhadora do parlamentar, o atual presidente do PTB, Wilson Santiago, prefere ignorar os arroubos proferidos por Dunga, adotando a máxima de que é preferível “fingir ignorar os inimigos a cair na vulgaridade de discutir no mesmo nível deles”.

Outro que também não deu muita bola para o mesmo 'esperneio' durante vários anos foi o ex-presidente do PTB, Armando Abílio, que também prefere 'levar na maciota' as inconsequências provocadas pelo ‘striptease político’ de Dunga.

A postura política relembra os bons tempos de Demi Moore.



PB Agora

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