A pedido do Banco
Central, o senador Cássio Cunha Lima esteve reunido em audiência com o
presidente da instituição, Alexandre Tombini, e com os diretores Anthero
Meirelles e Luiz Awazu Silva. A reunião durou cerca de 40 minutos e aconteceu
na sede do Banco Central (Bacen), em Brasília, na tarde desta segunda-feira, 6
de maio. O objetivo era a troca de informações para embasar o relatório que
está sendo preparado pelo senador na comissão mista que trata da Medida
Provisória 608.
A MP 608 prevê a
adaptação do Brasil às recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de
Basileia 3 - um conjunto internacional de propostas de reforma da
regulamentação bancária. O argumento do governo federal é que, ao tratar de
crédito presumido e da emissão de letras financeiras, altera-se a provisão de
capital das instituições financeiras para fortalecer o sistema financeiro
nacional diante de crises. As cifras são da ordem de R$ 63 bilhões de reais.
"Se esse
montante fosse retirado do sistema financeiro do país haveria restrição de
crédito o que prejudicaria a atividade econômica nacional", explica Cássio
Cunha Lima. Esse também é o entendimento do Banco Central. "O Brasil
precisa da aprovação da MP 608 para não fragilizar o nosso sistema
financeiro", defendeu Tombini.